Depois de dois anos de recessão e um 2017 marcado por lenta recuperação, a perspectiva do mercado e de economistas, assim como as projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do próprio governo, é de que a economia brasileira vai crescer com mais força em 2018. Entretanto, a instabilidade será constante em função das incertezas sobre as eleições e reformas econômicas.
Em 2016 o Produto Interno Bruto (PIB) – soma de todos os bens e serviços produzidos no país, que serve para medir a evolução da economia – teve uma retração de 3,6%, mas voltou a registrar alta em 2017. A expectativa do Banco Central é que o PIB tenha um crescimento de cerca de 2,70% em 2018. Já os economistas, mais otimistas em relação ao crescimento econômico do ano, projetam uma alta de 3%, embora ressalvem que as discussões sobre as reformas econômicas (especialmente a da Previdência) e a disputa eleitoral possam ocasionar uma possível instabilidade no mercado financeiro.
Após a inflação ter reduzido com força o poder de compra das pessoas nos últimos dois anos, 2017 foi marcado por uma desaceleração da alta de preços. Esta leve melhora teve a supersafra como fator de maior impactado, evento que levou à queda do preço dos alimentos.
A grande capacidade ociosa da indústria, em conjunto com as, ainda, altas taxas de desemprego, corrobora para que a inflação permaneça baixa, mesmo em um cenário de crescimento. Para 2018, a previsão dos economistas é que a inflação volte a ganhar força, mas ainda se mantenha dentro da meta de 4,5% estipulada pelo Banco Central e longe dos altos índices dos anos anteriores. Enquanto isso, a projeção do FMI coloca o Brasil, ainda em recuperação, com uma inflação na casa dos 4%.
Com relação ao câmbio, o relatório Focus divulgado pelo Banco Central projeta que o Dólar se manterá estável em USD 3,30, porém, os economistas são unânimes ao apontar 2018 como um ano de instabilidade para o mercado financeiro, diante das incertezas da conjuntura eleitoral. O resultado das urnas, aliás, também será balizador dos movimentos do mercado. Dependendo dos candidatos e suas respectivas propostas, haverá um impacto maior ou menor sobre as variáveis econômicas, especialmente sobre o câmbio.
Outro ponto sensível que poderá mexer com a economia mundial este ano é a possível alta na taxa de juros dos EUA. A mudança deve impactar diretamente a relação entre o Real e a moeda americana, e seus reflexos devem atingir em cheio a balança comercial do país.
Em relação à Selic, a taxa básica de juros, o mercado financeiro está cada vez mais otimista com o cenário para 2018, ainda mais após a última redução, que colocou a taxa em 6,75%, índice que deve ser mantido até o final do ano. Este recuo histórico deve contribuir para a retomada do consumo das famílias e aumentar o poder de investimento do mercado.
Nos últimos anos, o consumo caiu de forma geral no país, refletindo em um baixo investimento da indústria nacional e deixando o nosso parque fabril mais atrasado tecnologicamente. A perspectivas para a economia nacional em 2018 são boas. Ao que tudo indica, o pior já passou e, em termos sociais e econômico, o Brasil está em um momento de recuperação. Este otimismo se deve em grande parte ao ciclo de redução da taxa de juros (SELIC), que permite um maior investimento tanto de empresas locais quanto de multinacionais que desejem se alojar ou ampliar suas instalações por aqui.
Diante deste quadro, logo, se deve rever o plano de investimentos estratégicos, pois o plano tático de gastar menos não resolverá o problema de competitividade da indústria brasileira. Devemos direcionar todos nossos esforços para aumentar nossa produtividade, visto que, competir com a China no valor de mão de obra é uma tarefa complicada, dada a carga tributária no Brasil.
A melhor saída para essa competição é aumentar a produtividade, buscando soluções tecnológicas e inovadoras. Atenta à esta situação, a Altus tem desenvolvido parcerias técnicas e comerciais por todo o mundo, buscando qualificar seu portfólio de produtos e agregar ainda mais conhecimento para que possa entregar soluções que realmente façam a diferença para o negócio de seus clientes.
Sobre o autor
Maicon Lopes entrou para a família Altus em 1999 como entregador e, após, passou à integrar a equipe financeira. Desde então, desenvolveu sua carreira na empresa, passando pelas posições de auxiliar, coordenador e supervisor. Hoje, ocupa o cargo de Gerente e é responsável por toda a área financeira da Altus.