Os desafios de crescer no mercado internacional de automação

Os desafios de crescer no mercado internacional de automação

O mercado brasileiro sempre foi caracterizado pela presença de empresas estrangeiras globais que comercializam aqui seus produtos desenvolvidos no exterior. Com raras exceções de empresas detentoras de tecnologia capazes de concorrer em pé de igualdade com estes “players”, acabamos, por certas vezes, desenvolvendo um pensamento voltado para a importação destas tecnologias e produtos. Do ponto de vista externo, o Brasil é reconhecido por ser um grande exportador mundial, porém, referência em minérios, produtos agrícolas, entre outros itens de baixo valor agregado; não há uma tradição na exportação de bens eletroeletrônicos ou de automação industrial, por exemplo.

Neste cenário hostil, em que o consumidor doméstico pensa muitas vezes no que há lá fora antes de olhar o que temos aqui dentro, e com o consumidor externo sem nenhum conhecimento do que existe em automação no Brasil, nos posicionamos como uma empresa capaz de realizar um feito importante para o país: exportar alta tecnologia em soluções de automação industrial e controle de processos.

As empresas estrangeiras aplicam aqui o mesmo portfólio de produtos utilizado no resto do mundo. Estas empresas sempre buscam uma posição de pioneirismo e inovação neste segmento, propondo novas soluções, melhores práticas e tecnologias que possibilitem fábricas, máquinas e infraestrutura mais inteligentes, eficientes e disponíveis em todos os meios que hoje estão ao nosso dispor. Na Altus, andamos muito bem neste quesito. Por fabricar nossos produtos com o que há de mais moderno em automação e tendo como base as principais normas de qualidade e segurança do mundo, criamos soluções altamente competitivas capazes de serem aplicadas em demandas de todo o mercado global.

Conceitos como Indústria 4.0 e IIoT (Industrial Internet of Things), temas contemporâneos trabalhados há algum tempo no exterior e que, recentemente, têm ganhado maior profundidade no Brasil, estão alinhados com nossos equipamentos e nosso roadmap tecnológico. Logo, isso por si só não é uma barreira. Nosso maior desafio é tornar nosso patrimônio tecnológico conhecido nos diversos cantos do mundo e adaptá-lo à realidade das diferentes regiões. Um termo interessante para entender isso é o “Glocalization”, expressão utilizada para representar o processo de adaptação de produtos de alcance mundial às particularidades dos diferentes mercados onde são comercializados. Ou seja, precisamos pensar globalmente, porém, agir de acordo com as características do mercado local para sermos bem-sucedidos.

Este é o diferencial que nós, da equipe internacional, buscamos apresentar ao mundo, demostrando a diversas empresas nosso conhecimento, nossas aplicações e nossas vantagens com relação aos “global players”. Diria que estamos introduzindo ao mundo nosso método de automação, ao passo que buscamos entender e ajustar nosso portfólio às necessidades de cada mercado. Aqui, estamos escutando as dificuldades, identificando as singularidades e incorporando novos atributos aos nossos produtos, tornando nossa solução cada vez mais global e atrativa. Neste contexto, temos que estar atentos às certificações necessárias (pois cada região tem suas especificações e requisitos), traduções e à escolha de parceiros competentes que possam trabalhar conosco.

Apesar de não ser tarefa fácil, a Altus já conseguiu provar que é possível construir a história de exportação de seus produtos. Os primeiros resultados no mercado escandinavo, um dos mais exigentes do mundo, ratificam esta pretensão. Agora, em 2018, estamos estendendo nossa atuação para Ásia, incluindo mercados como Índia e Coréia do Sul, e focando na entrada em países com elevado crescimento e mercados industriais vastos, como é o caso dos membros que compõe o BRIC.

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About the author

Fernando entrou para a família Altus em 2002, como estagiário, e desenvolveu sua trajetória na equipe de P&D, passando pelos cargos de projetista, gerente e diretor. Hoje, ocupa a posição de Diretor de Marketing Internacional e é o posto avançado da empresa na Europa.

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